A Cadeia Pública

Nas primeiras décadas do século XVIII, os membros integrantes do conselho, por ainda não possuírem um local próprio para abrigar a Câmara do Conselho para suas reuniões, acabavam por ser reunir na casa do Juiz Ordinário em exercício na vila. Tendo em vista a precariedade da situação, ficou decidido que a Câmara concederia, por meio de arrendamento em hasta pública, a quem mais desse e fosse o mais idôneo fiador, a exclusividade do contrato de exploração e venda das bebidas, na vila de São Francisco pelo prazo de quatro anos, com a condição de o arrematante da concessão fosse a construção da cadeia pública e da casa do conselho da vila.

O contrato foi arrematado por Manoel Gomes Galhardo, que, em 08 de setembro de 1722, requereu à Câmara que lhe fosse designado e medido o local em que deviam ficar a cadeia e a serventia da Casa do Conselho. A obra foi iniciada e a Câmara, a partir de dezembro de 1726, passou a reunir-se em seu (ainda que inacabado) próprio prédio. Em 05 de dezembro de 1728 a câmara exigiu que Galhardo trabalhasse sem parar até conclusão das obras, o que, apesar de ainda faltarem móveis e o sino da câmara (para os toques de recolher, exigido pelas Ordenações do Rei) acabou acontecendo no primeiro semestre de 1729.

Pelo que consta em relatos orais passados através dos séculos, a Câmara de Vereadores funcionava no piso superior, tendo acesso por uma escada externa e no piso inferior haviam duas celas uma masculina e outra feminina. Apesar dos problemas o prédio foi utilizado até meados do século XIX, quando as atividades legislativas e judiciárias seriam exercidas no então "Palacete da Praia do Mota" (hoje Museu Histórico Prefeito José Schmidt), que fora projetado e construído pelo Governo do Estado para ser a sede da cadeia e também o Fórum da cidade.

 

 

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