A Praga do Padre

Uma das mais antigas e tradicionais lendas que atravessa gerações mexendo com o imaginário de quem a escutou é a famosa Lenda da Praga do Padre.
A lenda começa no início do século XVIII, quando Domingo Francisco Francisques ( conhecido como “ Cabeçinha” ) foi nomeado Capitão Mor e cometeu atrocidades durante o exercício do cargo. 
Dentre as atrocidades a que mais se destaca, foi o degredo forçado de um padre, o que acabou por gerar a lenda da “ Praga do Padre”. A lenda, conta que, um dia, teria ocorrido a morte de um parente, do capitão e que ele, em função do seu cargo, pediu ao padre, que o morto fosse enterrado dentro da Igreja.
O padre não aceitou o seu pedido, e Cabecinha, revoltado com a decisão, reuniu seus capangas, e ordenou que , amarrassem o padre e o colocassem em uma canoa com algumas provisões, e que o mesma fosse lançada em direção a barra da baia, entregando o padre a sorte de seu destino.
Neste momento, o padre , revoltado com a violência e heresia do Capitão Mor, teria rogado uma praga, a praga que por séculos assombrou e serviu como desculpa para muitos fracassos de nossa cidade – o Padre bradou para o bando e para as poucas que olhavam a cena sem intervir : "Enquanto viver algum descendente dele, esta terra jamais irá prosperar".
Esta praga, fruto de relatos orais que volta e meia são mais floreados ou não, perdurou por muitos séculos e hoje, é ainda mencionada pelos mais velhos, para justificar algo que não dá certo no desenvolvimento de nossa velha cidade.

Fonte - Tradição Oral da Cultura Francisquense.


 

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