Chuva intensa no começo da tarde provoca estragos e alagamentos no município

06/02/2020 - 20h:14m

A forte chuva que caiu no início da tarde desta quinta-feira (6) provocou estragos e alagamentos em vários pontos de São Francisco do Sul. A Defesa Civil do município registrou ocorrências no Morro Grande, Acaraí, Verde Teto, Morro da Mina, Miranda e Majorca, e em um local, na Rua 25 de Dezembro, em frente ao antigo Pesque-Pague, em pouco mais de 15 minutos a água subiu quase um metro, atingindo duas casas. Segundo a Epagri-Ciram, em um período de 12 horas choveu 136 milímetros em São Chico.

Logo após a tormenta, o prefeito interino Álvaro José Siebers visitou os locais atingidos, junto com o coordenador da Defesa Civil no município, Geovan Baumgratz, e conversou com moradores, ouvindo os relatos e determinando providências. Segundo Henrique Bueno Júnior, coordenador de projetos da Prefeitura, que também visitou o Morro Grande, 12 servidores da Secretaria de Obras, seis na região central e outros seis nos balneários, estavam atuando na contenção de danos.

“A gente sabe que a chuva foi muito forte, ninguém espera uma tormenta dessa. Eu estava na Prefeitura, despachando, e quando vi a intensidade da chuva logo vi que teríamos problemas. E vimos que não foi só aqui, em Guaramirim e Araquari também foi complicado. Logo em seguida, saímos em vistoria pela cidade para ver o que é possível fazer pela população. A gente sabe que existem pontos críticos em São Francisco. A demanda vai ser grande, vamos ver de imediato o que precisamos fazer mais urgentemente. E esperamos que a chuva diminua, por sorte tivemos maré baixa hoje, o que amenizou a situação”, disse o prefeito interino, sobre o seu primeiro dia de mandato.

Houve queda de barreira na BR-280, no Morro da Palha, com obstrução em meia pista que precisou ser interditada brevemente para a retirada dos entulhos por uma retroescavadeira da Prefeitura. Houve congestionamento nos dois sentidos da rodovia. Também houve queda de barreira na Rua Antônio Machado, no Morro Grande, e a lama atingiu a casa de Rossani Borba de Moraes, que fica logo em frente. Na Rua 25 de Dezembro, houve alagamento nas proximidades da Escola Rudolpho Fischer. A água subiu 15 centímetros e invadiu uma mercearia e a casa do comerciante Bino Veiga, além de outras nas imediações.

Mas a pior situação ocorreu na mesma rua em frente ao antigo Pesque-Pague, onde a água subiu rapidamente cerca de um metro e inundou as casas do trabalhador terceirizado da Celesc, Luciano Santos da Silva, e do comerciante Diogo Policarpo. Na casa de Luciano, que estava com a mulher e o filho de seis meses na hora da inundação, foram perdidos os móveis e todos os eletrodomésticos. O prejuízo de Diogo, só na loja de decoração que fica junto à residência, foi estimado em R$ 130 mil. A Defesa Civil emitiu laudo sobre o ocorrido e entregou aos moradores para as providências legais quanto a seguro e emprego.

No Acaraí, no encontro da Rua Joaquim José Silveira Júnior com a avenida Dom Fernando Trejo y Sanabria, a falta de drenagem em uma obra fez com que pedras, barro e entulhos descessem e se acumulassem sobre a pista e as ruas vizinhas, como Leopoldo Bernardo Grubba. A obra foi embargada pela Defesa Civil e a empresa notificada, mais uma vez, a realizar a obra de drenagem. Também no Acaraí, houve alagamento na rua Içá-Mirim, ao lado de uma empresa de fertilizantes, e uma máquina da Secretaria de Obras estava realizando momentos antes a limpeza do Rio Monte de Trigo junto à ponte sobre a SC-415, o que ajudou na vazão da água. E na esquina da Rua Joinville com Manoel Gomes Rittes, a lâmina da água que desceu do Morro da Mina inundou o pátio e quase entrou em uma casa, mas os moradores pediram aos trabalhadores da empresa que está fazendo o asfaltamento das vias, dentro do Programa Mãos à Obra, para desobstruir uma boca de lobo e ela baixou rapidamente.

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