Violência sexual contra criança em pauta na Prefeitura

27/05/2021 - 15h:52m

Em 2019, 84 crianças foram vítimas de violência sexual em São Francisco do Sul. Em 2020, foram 54. E neste ano, já são 29, só no primeiro trimestre. Os dados do Conselho Tutelar são alarmantes e, por isso, membros do Comitê de Gestão Colegiada da Rede de Cuidado e Proteção Social de Crianças e Adolescentes Vítimas ou Testemunhas de Violência estiveram em reunião com o prefeito Godofredo Gomes Moreira Filho e o vice-prefeito Sérgio Murilo de Carvalho Oliveira nesta quinta-feira (27). Além da equipe de governo e do Comitê, participaram os vereadores Leonardo de Camargo e Sidnei Eunézio de Mira, presidente da Câmara, que agendou a reunião após assistir a uma apresentação do Conselho Tutelar.

Um dos pontos principais da reunião foi o suporte às vítimas de violência. Há casos em que a espera por sessões com o psicólogo chega a mais de um ano e meio. O prefeito sinalizou que, de imediato, todas as crianças serão prioridade na lista de atendimento psicológico na Secretaria de Saúde. Também mencionou o trabalho para ter uma delegacia especializada para esse público. “Questões como essa precisam sair do debate e partirem para ações concretas. Temos que assumir o compromisso sério e estabelecer a meta de atender da melhor forma possível essas vítimas que não podem esperar. Faremos um mutirão com a equipe existente no sentido de atender as pessoas com as sessões de psicoterapias. Estamos aqui pelas pessoas”, declara Godofredo. Além do plano emergencial, será feito um levantamento das pessoas que estão na fila de espera do psicólogo para que a Prefeitura possa estipular estratégias de suporte. 

De acordo com a conselheira tutelar Gilmara Rodrigues dos Santos, Santa Catarina está em segundo lugar no índice de violência contra criança e adolescente, só perdendo para o Distrito Federal. “Acreditamos que a pandemia acabou reduzindo os índices de denúncias porque elas não têm tanto contato com a sociedade, mas ainda assim são preocupantes. Com a retomada das aulas e da vida em sociedade, aos poucos, esses dados vão aumentar, pois o maior agente violador está dentro de casa e precisamos estar preparados. O problema não é de cada um, é nosso”, relata Gilmara. 

Ficou acertado um fluxo de trabalho para as secretarias municipais de Saúde, Assistência Social e Educação, que disponibilizam atendimento de psicólogo, para o desenvolvimento de um protocolo único de suporte às pessoas e reduzam o tempo de espera.

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